“Os homens são como os
livros: é necessário tomá-los pelo seu valor e não pelo seu aspecto”
Joubert
Luís Miguel Rocha, autor universal, dado que está
traduzido em 40 países (correspondente a 20 línguas), primeiro escritor
português a ser bestseller do
prestigiado Top do New York Times,
com cerca de um milhão de livros vendidos em todo o Mundo, foi homenageado no
pretérito dia 19 de Maio (Sábado), na sua Terra Natal (apesar de ter nascido,
por acidente de percurso, na maternidade Júlio Dinis, no Porto, no dia de São
Valentim de 1976), Mazarefes, freguesia milenar do bucólico e mitológico Vale
do Lima, numa iniciativa conjunta da Associação Social, Cultural e Desportiva
local – que nesse dia comemorava 37 anos como Grupo e 70 anos como Casa do Povo
–, Junta de Freguesia de Mazarefes e Município de Viana do Castelo.
Para os mais incautos (quantas imprudências se
manifestam cá pelos nossos burgos, a nível de reconhecimento cultural), sendo sempre
nosso intuito despertar as mentes mais adormecidas ou acomodadas à inércia
intelectual, convém aqui recordar que Luís Miguel Rocha estreou-se
profissionalmente aos vinte anos de idade como operador de câmara numa produtora
que assegurava a transmissão das missas dominicais na TVI. Depois rumou a
Londres onde exerceu funções como guionista, tradutor e, por fim, iniciou-se na
actividade literária. Como a escrita foi sempre a sua paixão, decidiu recuperar
40 páginas que havia produzido, aos 16 anos, depois de ter lido “Memorial do
Convento”, de José Saramago, autor que admira. O resultado foi «UM PAÍS
ENCANTADO», obra publicada em 2005 pela “Planeta Editora”, romance onde nos dá
conta do Portugal moribundo no tempo do Estado Novo, mais precisamente na
década de trinta, um retrato impiedoso do nosso país (da época), fielmente
descrito pela escrita criativa de Luís Miguel Rocha: «A essência de um povo
espremida com mãos de mestre, numa narração cruel, porém divertida, irónica, porém
verdadeira, elegante, porém realista. Uma voz portuguesa que vai, com certeza,
dar que falar» – escreveu Bernard Cornwell (1944), um dos mais importantes
escritores britânicos da actualidade, em 14 de Julho de 2005. Infelizmente,
este romance passou praticamente despercebido. Mas, o sucesso internacional
chegou em 2006, com «O ÚLTIMO PAPA» (Edições Saída de Emergência). Este thriller foca-se na estranha morte do
Papa João Paulo I – o “Papa do Sorriso” –, morte envolta em mistério desde o
primeiro minuto e o Vaticano nunca fez nada para clarear, sendo que o mesmo
Papa, supostamente, terá sido assassinado porque iria substituir membros da
Cúria Romana, que estavam envolvidos em negócios de lavagem de dinheiro, com a
Loja Maçónica italiana P2 e outros órgãos internacionais, como a CIA (uma
pedra, também no nosso sapato).
Em 2007, seguiu-se o livro «BALA SANTA», numa
edição de “Cavalo de Ferro”, onde se nos colocam várias interrogações: Que
acontecimentos estiveram por detrás da tentativa de assassinato ao Papa na
praça do Vaticano em 1981? Quem é, e o que sabia verdadeiramente o turco que
disparou contra João Paulo II? Que forças ocultas gerem os destinos da igreja
católica e conseguem nomear e destronar Papas, ocultando impunemente as suas
acções? Em suma, o trama envolve uma jornalista internacional, um ex-militar
português, um muçulmano que vê a Virgem Maria, um padre muito pouco ortodoxo
que trabalha directamente sob as ordens do sumo-pontífice, vários agentes dos
serviços secretos mais influentes do mundo e muitos outros personagens dos
quatro cantos do globo, envolvem-se numa busca pela verdade e descobrem que ela
nem sempre é útil. Pelo menos não o foi para João Paulo II. De facto, depois de
surpreender o mundo com «O ÚLTIMO PAPA», Luís Miguel Rocha fisga mais uma vez
os leitores com «BALA SANTA», a continuação de uma história de conflitos,
intrigas e mistérios dentro da Igreja Católica. Desta vez, o ponto de partida é
Maio de 1981, quando o papa João Paulo II sofre um atentado brutal no Vaticano.
Em «BALA SANTA», as dúvidas sobre os factos se misturam com as respostas
oferecidas pela imaginação (se é que se pode chamar imaginação) do autor. O
resultado é uma trama hipnotizante, que faz pensar: será esta apenas uma obra
de ficção?
Para quem achava que a polémica acabava por aqui,
em 2011, é editado «A MENTIRA SAGRADA», numa edição da “Porto Editora”, sendo
que neste último romance (se é que assim o poderemos classificar) Luís Miguel
Rocha pretende perpassar a história de Jesus, numa perspectiva histórica e não
religiosa, baseada num manuscrito antigo, de um particular que lhe facultou o
acesso. E leva-nos a uma série de interrogações: Será que Jesus foi mesmo
crucificado? Terá tudo acontecido como a Bíblia descreve? Na noite da sua
eleição para o Trono de São Pedro, o Papa Bento XVI, como todos os seus
antecessores, tem de ler um documento antigo que esconde o segredo mais bem
guardado da História – a Mentira Sagrada. Com estes livros («BALA SANTA» e «A
MENTIRA SAGRADA»), Luís Miguel Rocha liderou também as tabelas de vendas no
Reino Unido.
Pelo meio, em 2009, republicou o primeiro livro com
o título que sempre idealizou, chamado «A VIRGEM», na editora Mill Books, projecto que optou por
criar, em 2008, mas que por circunstâncias várias não vingou: “Espero que lhes
tenha agradado tanto como me deu gozo escrevê-lo. O essencial foi publicado em
2005 com o título Um país Encantado. Este título foi proposto pela editora que
não gostava do que eu lhe tinha dado: A Virgem. Esta é a versão como eu a
imaginei”, escreveu Luís Miguel Rocha, em nota final à mesma obra.
Luís Miguel Rocha, um nome a reter na memória de
cada um de nós, define-se como um escritor profissional. Não escreve por
inspiração, fazendo-o quando tem de o fazer. Gosta de escrever sobre a pressão
de cumprir prazos. Reconhece também que o sucesso que tem deve-o aos leitores,
para ele, sagrados.
Espera-se novo livro para o final do corrente ano.
1 comment:
Um bom escritor!
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