Friday, September 27, 2013

Alvíssaras pelos trinta anos de «O Anunciador das Feiras Novas»!

“Desde a sua origem até aos nossos dias, as Feiras Novas, pela importância e significado do acontecimento, foram sempre alvo do conhecimento público através da utilização dos meios de comunicação adequados a cada época, assumindo a Imprensa o principal veículo de informação”

Alberto do Vale Loureiro

Por altura das Feiras Novas (Ponte de Lima) assistimos a uma extraordinária jornada cultural e gastronómica, onde o ponto de referência seria a efeméride comemorativa do trigésimo aniversário da publicação d’“O Anunciador das Feiras Novas” (2.ª Série), que desde 1984 se publica ininterruptamente, magnanimamente coordenado pelo nosso particular amigo Alberto do Vale Loureiro. Mas o embrião do “Anunciador das Feiras Novas” teve a sua origem em 1947, quando “em forma de opúsculo, com trinta e duas páginas, mais capa, aparece ao público, pelas mãos de Augusto de Castro e Sousa, o número I de «O Anunciador das Feiras Novas», designando-se como uma publicação anual de propaganda, tendo como objectivo principal anunciar as Feiras Novas ao mesmo tempo que pugnava pelo progresso de Ponte de Lima” – citamos Alberto do Vale Loureiro. Em 1948 é publicado o número II. E Alberto do Vale Loureiro acaba por nos dizer que “nos anos seguintes, por dificuldades inerentes à época, a sua editora (Tipografia Augusto de Sousa), não mais publicou «O Anunciador», ficando os limianos privados deste útil e popular instrumento cultural”. Foi então que, em 1984, com a conivência daquele que havia sido seu mestre de artes gráficas (Augusto de Castro e Sousa), Alberto do Vale Loureiro assumiu a orientação e responsabilidade da sua (re)edição, designando-a como Publicação Anual de Informação, Cultura, Turismo e Artes Limianas, acabando-se por constatar, e segundo as suas palavras – das quais comungamos –, que “os anos subsequentes são acompanhados de assinaláveis progressos, muito pela mercê do acolhimento da revista no seio da comunidade limiana e da sua aceitação nos mais variados sectores, quer no aspecto literário e económico quer ainda pelas demonstrações de apoio dadas por dedicados e arreigados limianistas, cujos seus préstimos levaram a edição a sucessivas melhorias gráficas que se destacam pela introdução da cor e aumento de páginas (224), sendo a sua tiragem de 1800 exemplares”. Muito mais haveria a dizer acerca desta publicação, mas a condicionante do espaço deste “ao correr da pena e da mente”, leva-nos a “encurtar” a deambulação apreciativa, manifestando o nosso assoberbado apreço pela mesma publicação, onde temos vindo a colaborar.
        

Ao longo dos trinta anos perpassaram pelas páginas desta extraordinária publicação, autores dos mais variados ramos das letras e das ciências, tais como: Adelino Tito de Morais, Alberto Antunes Abreu, Álvaro de Castro, Alberto do Vale Loureiro, A. Lopes de Oliveira, A. Mimoso Morais, Amadeu Costa, Amândio de Sousa Vieira, Amândio Sousa Pereira Dantas, Américo Amorim Gonçalves, Américo Carneiro, Ana Carneiro, Aníbal de Jesus Varela Marinho, António Fiúza, António José Baptista, António Manuel Couto Viana, António Mário Lopes Leitão, António Miguel da Silva Vasconcelos Porto (António Porto-Além), Aristides Brás Arroteia, Armando de Sousa Pereira, Carlos Gomes, Carlos Lima Magalhães (Menã), Celso Tobias Borges da Silva Barbosa, Cláudio Lima [pseudónimo de Manuel da Silva Alves], Cristiana Freitas, Cristóvão Pereira, Daniel Campelo, David Fernandes Rodrigues, Elisabete de Araújo Ramos, Ermelinda Vieira Rodrigues Mendes, Fátima Meireles, Fernando Castro e Sousa, Franclim Alves de Castro e Sousa, Francisca Martins, Francisco Sampaio, Gaspar José Pacheco Vilhena Maia, Henrique Rodrigues, João Carlos Brandão Gonçalves, João de Araújo Pimenta, João Gonçalves da Costa, João Gonçalves Ribeiro Marcos, José Aníbal Marinho Gomes, José Cândido de Oliveira Martins, José Cândido Pereira Mota, José Carlos de Magalhães Loureiro, José Diogo Marinho Falcão Gomes, José dos Santos da Costa Lima, José Ernesto Costa, José Gomes de Almeida Crespo, José Guerra dos Santos de Matos, José Luís Afonso Branco, José Maria Carneiro, José Pereira da Cunha Nunes, José Pereira Fernandes, José Sousa Vieira, José Velho Dantas, Laurinda F. Carvalho Araújo, Lima Barreto, Luís Augusto de Sousa Pereira Dantas, Lurdes Novo, Manuel de Sousa Pires Trigo, Manuel Dias, Manuel Luís Pinto de Morais, Margarida Martins, Maria Anabela Tito de Morais, Maria Brandão, Maria de Jesus Mira Bezerra, Maria do Céu Malheiro, Maria Emília Sena de Vasconcelos, Maria Gorete Moreira, Maria Helena Távora, Margarida Fernandes, Matias de Barros, Natividade Silva, Pereira da Cunha, Porfírio Pereira da Silva, Rui Brandão Leite Braga, Rui Manuel Magalhães Leitão Quintela, Salvato Trigo, Sandra Baptista de Matos, Severino Costa, Ulisses Duarte, Victor Amorim Castilho e Victor Mendes.     
Embora compreendamos a apreensão – e com alguma razão – de alguns órgãos de comunicação social regional, nomeadamente de Ponte de Lima, pela presença de publicações como o “Anunciador das Feiras Novas” (sem nos escusarmos em lembrar, também, numa situação um pouco diferente, o despropósito dos boletins municipais), dado que, e neste caso concreto, a publicidade é “gerida” por uma entidade que não deveria estar vocacionada, por uma questão de ética, para esse fim, temos que realçar o facto da importância que esta publicação representa para a região e para o país.
       Apenas um reparo final, sempre pautado pelo princípio “opinativo/construtivo”, na troca de galhardetes, onde foram referenciados, justamente, Augusto de Castro e Sousa, Alberto do Vale Loureiro e Amândio de Sousa Vieira, a este último nada de simbólico – pro memoria – lhe foi atribuído.

1 comment:

Anonymous said...

O "Anunciador" é um "case study". Apenas quem escreve naquela revista é que a promove! Porque será?
Será por ser feita e escrita por autodidatas à espera de reconhecimento?
Fernando Menezes