«Os cinquenta tomos dos Cadernos Vianenses,
elaborados entre 1978 e 2016 apresentam uma história refeita de novas ideias e
novos factos, com capas e ilustrações que apenas a Liberdade permitiu e com
estudos que fazem reflexões sobre a vida social, cultural e histórica do nosso
concelho…»
José Maria
Costa
Depois da nossa
precipitada ausência durante cerca de dois meses, porque condicionados por
contratempos físico-motores de um dos membros superiores, eis que voltamos ao
saudável convívio com os nossos leitores. Marca esta “rentrée” a nossa
incondicional presença na cerimónia de lançamento do Tomo 50 dos Cadernos Vianenses, publicação periódica
(presentemente, anual) da Câmara Municipal de Viana do Castelo que há trinta e
oito anos (1978-2016), como afirma em nota de “Apresentação” o seu director e
presidente do Município, José Maria Costa, são
exemplo da liberdade de expressão e da democracia. Só nesta assunção de liberdade
é que publicações como estas se realizam e é também graças ao poder local
eleito, que assinala neste mês os seus 40 anos, que este tipo de liberdade
acontece…, manifesta convicção com a qual corroboramos e, consequentemente,
subscrevemos.
Como vem sendo
habitual, coube ao coordenador desta tão procurada e ansiada publicação,
simultaneamente director da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, Rui A.
Faria Viana, fazer a abertura e as honras da casa, espelhando através de uma
análise minuciosa, cientificamente irrepreensível, todo o percurso dos Cadernos Vianenses ao longo dos 38 anos
de existência, vinculado e impresso em letra de fôrma pelos 50 Tomos,
centrando-se por último na análise aos conteúdos deste quinquagésimo tomo,
enaltecendo a qualidade dos colaboradores, a longa e ininterrupta ligação do
artista Rui Pinto aos Cadernos Vianenses, “ligação que para além de ser
graciosa já se tornou afectiva”, e o reportório gráfico-científico do designer Rui Carvalho.
Apraz-nos registar as
palavras de Maria José Guerreiro, vereadora do Pelouro da Cultura, expressando
o incontornável papel desta publicação que já se tornou uma referência a nível
nacional, principalmente quando se fala da Cultura como “o tecido que perdura e
que sustenta a sociedade”; de Rui Pinto quando na sua bem vincada e
indisfarçável modéstia procurou comparar o seu trabalho às prendinhas de Natal:
Estamos numa época em que, curiosamente,
pode aparecer uma oferta com grande papel bonito, muitas fitas, e quando
abrimos aquilo não tem nada de importante lá dentro. As capas são o papel de
Natal. Gostava que olhassem para o meu trabalho como o papel de embrulho. É a
primeira imagem do livro. Os "Cadernos Vianenses" valem pelo seu
conteúdo – disse; e, por último, as palavras do presidente do Município,
José Maria Costa, que reforçariam a importância deste mesma publicação,
espelhada pela qualidade dos seus colaboradores, agradecendo à Biblioteca e a
toda a sua equipa a dinâmica cultural ao longo deste mandato, salientando a
articulação com as redes das Bibliotecas Escolares; descodificação através do
trabalho com os autores, ilustradores e poetas (Contornos da Palavra); apoio à investigação;
espaço de diálogos culturais (convívio de várias expressões culturais), dando
como exemplo o «À
conversa com...» e «Feira do Livro»;
oportunidade criada no apoio a várias edições, transformando-a num veículo da
promoção do Livro, dando ênfase ao «Prémio
Escolar António Manuel Couto Viana», apostando nos novos talentos, etc.,
conotando-a como uma “Biblioteca Activa”.
E porque seria
fastidioso, para não dizermos incompatível com o “objecto-espaço” destes nossos
apontamentos, fecar-nos-emos pelos conteúdos e autores deste quinquagésimo
tomo: Cadernos Vianenses: os cinquenta
tomos editados entre 1978 e 2016, da autoria de Rui A. Faria Viana, Carla
Mesquita e Zita Manso (p. 13-19); Cinquenta
capas e o mesmo autor: arte aplicada e criatividade de Rui Pinto (1.ª parte),
da autoria de José da Cruz Lopes (p. 21-53); Anónima mas reconhecida: a fonte que dá nome aos “Cadernos Vianenses”,
da autoria de Patrícia Vieira (p. 55-66); Viana
da Foz de Lima no século XVI: as famílias vianesas segundo o rol de inscrição
na Confraria do Nome de Jesus em 1561, da autoria de António Matos Reis (p.
71-150); Subsídios para a História do
Porto de Mar de Viana: as obras de 1931/40, da autoria de Gonçalo Fagundes
Meira (p. 153-165); Camilo Castelo Branco
(1825-1890): entre o génio-nevropata e a loucura de seu filho Jorge, da
autoria de Porfírio Pereira da Silva (p. 167-177); Viana em Camilo: o Vinho do Porto – processo de uma bestialidade ingleza
(1884), da autoria de David F. Rodrigues (p. 179-193); Mosaico de habitats e flora da orla costeira minhota, da autoria de
Horácio Faria (p. 195-251); O grafismo da
Romaria da Nossa Senhora da Agonia na época modernista, da autoria de
Marlene Isabel Miranda Azevedo e Ana Filomena Curralo (p. 253-264); O moinho de vento de Darque, da autoria de
Fernando Ricardo Silva (p. 267-285); Intervenção
arqueológica realizada no âmbito da requalificação da Travessa da Vitória,
da autoria de Miguel Costa, Jorge Machado e Tiago Almeida (p. 287-307); Doze objectos em exposição na Casa dos
Nichos, da autoria de Hugo Gomes Lopes (p. 309-333); Maria Augusta d’Alpuim: humanismo e solidariedade, da autoria de
Artur Anselmo (p. 337-346); Talha
religiosa de Viana do Castelo: Panorama Estético-III, da autoria de
Francisco José Carneiro Fernandes (p. 351-387); Arrolamentos dos bens das
igrejas, da autoria de António Maranhão Peixoto (p. 389-399). Este Tomo termina
com as habituais notas sobre os colaboradores (p. 403-414).
Para comemorar esta
edição foi lançada conjuntamente com o referido Tomo uma “pen drive” com
diversos índices (bibliográfico, autores, títulos, assuntos e iconográfico) que
permitirá facilitar a consulta e o acesso aos conteúdos de todos os números até
agora publicados. Trata-se de um trabalho técnico desenvolvido no âmbito da
equipa da BMVC, liderada pelo seu director e coordenador dos Cadernos Vianenses, Rui A. Faria Viana,
e que, a partir de agora, passa a ser possível consultar ou fazer download do documento em “pdf”, através
da página da Biblioteca.
NOTA MÁXIMA!
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