Monday, January 16, 2017

Publicado o Tomo 50 dos «Cadernos Vianenses»!...



«Os cinquenta tomos dos Cadernos Vianenses, elaborados entre 1978 e 2016 apresentam uma história refeita de novas ideias e novos factos, com capas e ilustrações que apenas a Liberdade permitiu e com estudos que fazem reflexões sobre a vida social, cultural e histórica do nosso concelho…»

José Maria Costa

Depois da nossa precipitada ausência durante cerca de dois meses, porque condicionados por contratempos físico-motores de um dos membros superiores, eis que voltamos ao saudável convívio com os nossos leitores. Marca esta “rentrée” a nossa incondicional presença na cerimónia de lançamento do Tomo 50 dos Cadernos Vianenses, publicação periódica (presentemente, anual) da Câmara Municipal de Viana do Castelo que há trinta e oito anos (1978-2016), como afirma em nota de “Apresentação” o seu director e presidente do Município, José Maria Costa, são exemplo da liberdade de expressão e da democracia. Só nesta assunção de liberdade é que publicações como estas se realizam e é também graças ao poder local eleito, que assinala neste mês os seus 40 anos, que este tipo de liberdade acontece…, manifesta convicção com a qual corroboramos e, consequentemente, subscrevemos.


Como vem sendo habitual, coube ao coordenador desta tão procurada e ansiada publicação, simultaneamente director da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, Rui A. Faria Viana, fazer a abertura e as honras da casa, espelhando através de uma análise minuciosa, cientificamente irrepreensível, todo o percurso dos Cadernos Vianenses ao longo dos 38 anos de existência, vinculado e impresso em letra de fôrma pelos 50 Tomos, centrando-se por último na análise aos conteúdos deste quinquagésimo tomo, enaltecendo a qualidade dos colaboradores, a longa e ininterrupta ligação do artista Rui Pinto aos Cadernos Vianenses, “ligação que para além de ser graciosa já se tornou afectiva”, e o reportório gráfico-científico do designer Rui Carvalho.
Apraz-nos registar as palavras de Maria José Guerreiro, vereadora do Pelouro da Cultura, expressando o incontornável papel desta publicação que já se tornou uma referência a nível nacional, principalmente quando se fala da Cultura como “o tecido que perdura e que sustenta a sociedade”; de Rui Pinto quando na sua bem vincada e indisfarçável modéstia procurou comparar o seu trabalho às prendinhas de Natal: Estamos numa época em que, curiosamente, pode aparecer uma oferta com grande papel bonito, muitas fitas, e quando abrimos aquilo não tem nada de importante lá dentro. As capas são o papel de Natal. Gostava que olhassem para o meu trabalho como o papel de embrulho. É a primeira imagem do livro. Os "Cadernos Vianenses" valem pelo seu conteúdo – disse; e, por último, as palavras do presidente do Município, José Maria Costa, que reforçariam a importância deste mesma publicação, espelhada pela qualidade dos seus colaboradores, agradecendo à Biblioteca e a toda a sua equipa a dinâmica cultural ao longo deste mandato, salientando a articulação com as redes das Bibliotecas Escolares; descodificação através do trabalho com os autores, ilustradores e poetas (Contornos da Palavra); apoio à investigação; espaço de diálogos culturais (convívio de várias expressões culturais), dando como exemplo o «À conversa com...» e «Feira do Livro»; oportunidade criada no apoio a várias edições, transformando-a num veículo da promoção do Livro, dando ênfase ao «Prémio Escolar António Manuel Couto Viana», apostando nos novos talentos, etc., conotando-a como uma “Biblioteca Activa”.
   

E porque seria fastidioso, para não dizermos incompatível com o “objecto-espaço” destes nossos apontamentos, fecar-nos-emos pelos conteúdos e autores deste quinquagésimo tomo: Cadernos Vianenses: os cinquenta tomos editados entre 1978 e 2016, da autoria de Rui A. Faria Viana, Carla Mesquita e Zita Manso (p. 13-19); Cinquenta capas e o mesmo autor: arte aplicada e criatividade de Rui Pinto (1.ª parte), da autoria de José da Cruz Lopes (p. 21-53); Anónima mas reconhecida: a fonte que dá nome aos “Cadernos Vianenses”, da autoria de Patrícia Vieira (p. 55-66); Viana da Foz de Lima no século XVI: as famílias vianesas segundo o rol de inscrição na Confraria do Nome de Jesus em 1561, da autoria de António Matos Reis (p. 71-150); Subsídios para a História do Porto de Mar de Viana: as obras de 1931/40, da autoria de Gonçalo Fagundes Meira (p. 153-165); Camilo Castelo Branco (1825-1890): entre o génio-nevropata e a loucura de seu filho Jorge, da autoria de Porfírio Pereira da Silva (p. 167-177); Viana em Camilo: o Vinho do Porto – processo de uma bestialidade ingleza (1884), da autoria de David F. Rodrigues (p. 179-193); Mosaico de habitats e flora da orla costeira minhota, da autoria de Horácio Faria (p. 195-251); O grafismo da Romaria da Nossa Senhora da Agonia na época modernista, da autoria de Marlene Isabel Miranda Azevedo e Ana Filomena Curralo (p. 253-264); O moinho de vento de Darque, da autoria de Fernando Ricardo Silva (p. 267-285); Intervenção arqueológica realizada no âmbito da requalificação da Travessa da Vitória, da autoria de Miguel Costa, Jorge Machado e Tiago Almeida (p. 287-307); Doze objectos em exposição na Casa dos Nichos, da autoria de Hugo Gomes Lopes (p. 309-333); Maria Augusta d’Alpuim: humanismo e solidariedade, da autoria de Artur Anselmo (p. 337-346); Talha religiosa de Viana do Castelo: Panorama Estético-III, da autoria de Francisco José Carneiro Fernandes (p. 351-387); Arrolamentos dos bens das igrejas, da autoria de António Maranhão Peixoto (p. 389-399). Este Tomo termina com as habituais notas sobre os colaboradores (p. 403-414).         
Para comemorar esta edição foi lançada conjuntamente com o referido Tomo uma “pen drive” com diversos índices (bibliográfico, autores, títulos, assuntos e iconográfico) que permitirá facilitar a consulta e o acesso aos conteúdos de todos os números até agora publicados. Trata-se de um trabalho técnico desenvolvido no âmbito da equipa da BMVC, liderada pelo seu director e coordenador dos Cadernos Vianenses, Rui A. Faria Viana, e que, a partir de agora, passa a ser possível consultar ou fazer download do documento em “pdf”, através da página da Biblioteca.
        NOTA MÁXIMA!

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