Tudo começou por uma
experiência, onde havia necessidade de lhe incutirmos a expressão imaginativa
da emoção, aquela que Collingwood, sem dissimulações, ao falar de arte,
afirmaria de forma bem específica – “não uma irrupção ou manifestação
involuntária da emoção, nem um despertar deliberado da emoção, mas antes a
clarificação de um sentimento inicialmente vago que através da sua expressão se
torna claro.” Da experiência, emocionalmente marcada pelas deambulações na
infância (com apenas quatro translações), acompanhando-nos por montes e
encruzilhadas pedregosas do chão e paredes do nosso Alto Minho, vibrando com os
negativos e as revelações dos nossos inocentes e/ou modestos
“objectivo-disparos”, cresceu como observador desfrutando apropriadamente da
sua experiência táctil, sensivelmente directa, ganhando consciência do processo
de criação artística, isolando a natureza dessa emoção particular para a pessoa
que dela tem experiência e que a expressa: “Uma pessoa que expressa algo ganha
assim consciência do que está a expressar, e permite aos outros ganharem
consciência da emoção que há em si e neles.” (Collingwood)
Hoje, o nosso filho
Vasco da Cunha e Silva, deambula, vive e gravita por terras bracarenses,
permitindo-se à conjugação artística entre a natureza e a humanidade. Para ele
essa complementaridade é a única forma de clarificar e individualizar as suas
próprias emoções. Quanto a nós, sentimo-nos extremamente orgulhosos. NOBLESSE
OBLIGE!
No comments:
Post a Comment