Friday, January 09, 2015

Publicado o Tomo 48 dos Cadernos Vianenses!...

«A promoção da cultura vianense assume-se, assim, com o objectivo primordial desta edição, que continua a fazer história no panorama editorial de Viana do Castelo, permitindo um conhecimento de inúmeros aspectos de interesse científico e histórico…»

José Maria Costa

Fundados em 1978, sob a orientação de António Dionísio Marques, Severino Costa, Maria Tereza Majer de Faria, Jaime Cepa, Maria Augusta Eça d’Alpuim, J. Baptista Gonçalves da Silva, Maria Emília Sena de Vasconcelos, Rui Pinto e Matias de Barros, os «Cadernos Vianenses» apresentavam-se como uma publicação onde seriam “tratados todos os assuntos que digam respeito às gentes de Viana do Castelo, analisando-as sob o ponto de vista etnográfico e etnológico, somática e culturalmente, tratando de desvendar as suas possíveis etnias, entendidas estas como seus caracteres noológicos; relembrando e evocando o seu passado e, assim, estudando a sua história, quer no aspecto puramente antropológico, quer nas suas manifestações culturais, as mais diversas, desde a arqueologia, a passar pelo folclore, cerâmica, trajos típicos e artesanato e a terminar na pintura, poesia e, até, actividades desportivas” – como escreveria Dionísio Marques, na altura vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Viana do Castelo (editor da publicação), em nota introdutória ao primeiro tomo. Percorridos trinta e seis anos, eis que acaba de ser publicado o seu quadragésimo oitavo tomo, coordenado editorialmente pelo chefe de divisão de Biblioteca e Arquivo municipais, Rui A. Faria Viana (coordenador desde o tomo quarenta e quatro, 2010), e sob a direcção do presidente do município vianense, José Maria Costa.


Com significativas alterações introduzidas, precisamente a partir do tomo 44, os «Cadernos Vianenses», enquanto publicação que se assumiria como arauto do passado e do presente da região de Viana do Castelo, representam hoje, e bebendo das palavras do actual presidente do município, o repositório “das várias abordagens de problemas e de assuntos com interesse transversal para Viana do Castelo nas temáticas da cultura, da etnografia, do património quer natural quer construído”. Essa é a sensação com que ficamos ao longo destes trinta e seis anos percorridos.
O tomo 48 dos «Cadernos Vianenses» foi apresentado no passado dia 27 de Dezembro de 2014, em cerimónia pública que decorreu na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, onde estiveram presentes o presidente do município, José Maria Costa; a vereadora do pelouro da Cultura do mesmo município, Maria José Guerreiro; e o coordenador editorial da mesma publicação, Rui A. Faria Viana, que através duma bem estruturada apresentação, diríamos até minuciosa, deu a conhecer ao público presente os conteúdos deste mesmo tomo 48 dos «Cadernos Vianenses» e os seus autores, realçando a qualidade quer de uns quer de outros. Elogios de circunstância que seriam secundados, a posterior, pela vereadora e pelo presidente do município, aquando do encerramento da sessão. Dois nomes a salientar, porque referidos na sessão, no campo estético e/ou artístico: Rui Pinto, que desde o primeiro tomo tem emprestado muito da sua sensibilidade, enquanto pintor, na elaboração das capas, sendo que as mesmas, só por si só, espelham todo um percurso artístico deste ilustre vianense, e não só; e Rui Carvalho, competentíssimo designer da nossa praça, responsável pela sua apresentação gráfico-estética, desde o tomo quarenta e quatro.


Este número dos «Cadernos Vianenses», com 336 páginas, para além da habitual “Apresentação” do presidente do município, apresenta-se com quatro separadores temáticos (secções): ESTUDOS VÁRIOS – “Viana e o mar”, de Carlos Alberto da Encarnação Gomes; “Talha religiosa de Viana do Castelo: panorama estético”, de Francisco José Carneiro Fernandes; “Breve simbologia do Templo-Monumento de Santa Luzia”, de Ana Marques; “De Viana ao Porto por Esposende até ao século XX: estradas, barcas e pontes”, de Raul de Azevedo Saleiro; “Espaços ajardinados da cidade de Viana do Castelo: contributos para a sua divulgação e importância para a fruição pública”, de José da Cruz Lopes; “Primórdios do ordenamento e planeamento na orla costeira minhota”, de Horácio Faria; “Casa dos Nichos: a utilização da ilustração no seu discurso museológico”, de Hugo Gomes Lopes; FIGURAS E MEMÓRIAS – “António Alfredo Simões Viana (1922): da medicina tropical a um olhar psiquiátrico sob a criança no século XX”, de Porfírio Pereira da Silva; “A citânia de Santa Luzia e o seu espaço envolvente”, de Jorge Alexandre Viana Correia; TERRITÓRIO E CIDADES DO NORTE ATLÂNTICO IBÉRICO (comunicações resultantes do 3.º Seminário realizado em Viana do Castelo, nos dias 25 e 26 de Setembro de 2014) – “A urbanidade no litoral das rías atlánticas”, de Henrique Seoane Prado; “Estratégia Alto Minho 2020: recomendação para uma visão de mudança”, de Vânia Rosa; “Linha do Minho: uma reflexão sobre o serviço de transporte e as interdependências com o território”, de Paulo Silvestre; “A reabilitação e reinvenção dos espaços públicos. As praças como veículos de regeneração urbana”, de Manuel C. Teixeira; “A configuração de Viana do Castelo: uma perspectiva metodológica”, de David Leite Viana; terminando com CONTINUADOS – “Arrolamento dos bens das igrejas”, de António Maranhão Peixoto.
A finalizar, surgem de uma forma resumida algumas notas sobre os colaboradores, com o objectivo de uma melhor identificação de todos os que assinam trabalhos inseridos neste tomo dos «Cadernos Vianenses».
        Mais um número que se recomenda!

1 comment:

marmol said...

Gostei da forma, do conteúdo, da apresentação, e agora, como não podia deixar de ser, da divulgação feita por si neste Blog. Um abraço,
Martins