Saturday, December 07, 2013

Carla Mesquita, uma voz embrionária na literatura alto-minhota!...

“Todos os dias, devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas”

Goethe

Sem qualquer constrangimento, porque sempre nos pautamos pela máxima de Montapert – Ajuda melhor os outros quem lhes mostra como se hão-de ajudar a eles mesmos. É melhor dar esperança e força que dar dinheiro –, hoje resolvemos falar da jovem Carla Mesquita, que começou a dar os primeiros passos como autora, em 2009, com a publicação do seu primeiro livro «Momentos» (poesia), numa edição da Junta de Freguesia da Meadela (Viana do Castelo). No corrente ano (2013), participou na IV Antologia de Poesia Contemporânea da Chiado Editora – Entre o sono e o sonho – e publicou «Dar sangue é ser amigo: Associação de Dadores de Sangue da Meadela: a fazer amigos desde 1996», editado pela Associação de Dadores de Sangue da Meadela (Viana do Castelo).


Este último trabalho, trata-se (a nosso modesto ver) de uma obra esteticamente bem conseguida (embora pese a subjectividade do nosso gosto) e cientificamente bem estruturada onde, para além dos testemunhos de abertura – António Mesquita, Presidente da Associação de Dadores de Sangue da Meadela; Manuel Luís Antunes Belo, Presidente da Assembleia Geral da ADSM; José Maria Costa, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo; Manuel Américo de Matos Carvalhido, ex-Presidente da Junta de Freguesia da Meadela; António Fernandes, Presidente da Comissão de Festas de Santa Cristina da Meadela; Manuel José da Costa Azevedo Vilar, Pároco da Meadela; Defensor Moura, Fundador da Liga dos Amigos do Hospital de Viana do Castelo; Miguel Jorreto, Director de Imunohemoterapia ULSAM; José de Castro Oliveira, Capelão do Hospital de Santa Luzia; Isabel Miranda, Directora Técnica do Centro de Sangue e Transplantação do Porto IPS; Luís Ceia, Presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo; Virgílio Augusto Teixeira, Presidente da Direcção de Dadores Benévolos de Sangue de Vendas Novas; Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Paredes de Coura; Nuno Caroça, Presidente da Associação de Dadores Benévolos de Sangue da Póvoa de Santa Iria; Lucinda Araújo, Presidente da Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Concelho de Caminha; David Sousa, em nome dos colaboradores da ADSM; Catarina Cavaleiro, com o poema “Sublime missão”; Luís Ramiro, Colaborador da ADSM; Jacinta Maria Pisco Alves Gomes, Maria Albertina Álvaro Marques e Maria Manuela Amorim Cerqueira, em nome da ADSM; Ilídio Passos Ribeiro, Dador de Sangue; José Borlido, Sócio Honorário da ADSM; e Carlos Santos, com o poema “Solidariedade”, no diz ser um «tributo aos Dadores de Sangue, e dedicado a todos os que se Dão solidariamente, sem nada esperar em troca» –, Carla Mesquita se firma e afirma, em jeito de introdução, que “o sangue é um órgão essencial à vida e apesar dos progressos científicos ainda não foram encontrados produtos de substituição para este fluído. Assim, a Dádiva de Sangue é, e sê-lo-á, ainda nos próximos anos, indispensável”. De facto, e parafraseando a jovem autora, esta problemática constituiu-se numa preocupação constante para a sociedade em geral. Segundo a autora, este trabalho foi elaborado com o intuito de dar a conhecer o percurso da ADSM que, apesar de ser jovem, tem já uma actividade vasta no campo de sensibilização para a dádiva de sangue.
Constituem abordagens subsequentes à introdução: Breve história da dádiva de sangue, onde ficamos a saber que a descoberta da circulação do sangue foi feita por W. Harvey, em 1613; Contexto português, cuja problemática do sangue constituiu-se numa preocupação constante em Portugal, desde o ano de 1900; Dia Nacional do Dador de Sangue, 27 de Março, instituído através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 40/86, tendo como objectivo reconhecer a importância da contribuição desinteressada dos Dadores Benévolos de Sangue para o tratamento de doentes; O caso de Viana do Castelo, primordial iniciativa de Defensor Moura e da Liga dos Amigos do Hospital de Viana do Castelo; e, finalmente, História do Núcleo de Dadores de Sangue da Meadela, associação que se tem pugnado por muito fazer em prol dos doentes, “quer por doação de sangue, por empréstimo de equipamento, quer através de outras iniciativas de carácter social”, ajudando ao mesmo tempo a conseguir o almejado objectivo das autoridades nacionais da área do sangue: a auto-suficiência. Rigor científico, porque “escorado” em citações bibliográficas.  
Para aqueles que não conhecem a jovem Carla Mesquita, de seu nome completo Carla Maria Meira Dias Mesquita, convenhamos em dizer que é filha de Manuel Dias Ligeiro e de Maria Lúcia Midão Meira Dias, e nasceu na secular (Phanos – Cidade do Farol) freguesia de Fão, Esposende, a 1 de Abril de 1982, mas vive na Meadela, onde constituiu família. Possui o Mestrado em Ciências da Informação e da Documentação, pela Universidade Fernando Pessoa; Licenciatura em Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação, pela Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, do Instituto Politécnico do Porto; e Curso de carácter geral do agrupamento 4 – Humanidades, 12º Ano do ensino secundário completo. Neste momento desempenha funções de Técnica Superior na Biblioteca Pública Municipal de Viana do Castelo.   
Aqui ficam estas nossas sensatas palavras à jovem escritora Carla Mesquita, tomando como referência o princípio “wildeano” de que “o que desejamos só é agradável enquanto não o possuímos”.
        Força Carla Mesquita, nunca desistas… QUOD SCRIPSI, SCRIPSI!

1 comment:

Carla said...

Dentro da minha insignificância face a outras mentes mais sábias, permita-me agradecer o tempo dispendido com o meu humilde trabalho e as palavras dirigidas à minha pessoa!