“Todos
os dias, devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro
bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas”
Goethe
Sem qualquer
constrangimento, porque sempre nos pautamos pela máxima de Montapert – Ajuda melhor os outros quem lhes mostra como
se hão-de ajudar a eles mesmos. É melhor dar esperança e força que dar dinheiro
–, hoje resolvemos falar da jovem Carla Mesquita, que começou a dar os
primeiros passos como autora, em 2009, com a publicação do seu primeiro livro «Momentos» (poesia), numa edição da Junta
de Freguesia da Meadela (Viana do Castelo). No corrente ano (2013), participou na
IV Antologia de Poesia Contemporânea
da Chiado Editora – Entre o sono e o
sonho – e publicou «Dar sangue é ser
amigo: Associação de Dadores de Sangue da Meadela: a fazer amigos desde 1996»,
editado pela Associação de Dadores de Sangue da Meadela (Viana do Castelo).
Este último trabalho,
trata-se (a nosso modesto ver) de uma obra esteticamente bem conseguida (embora
pese a subjectividade do nosso gosto) e cientificamente bem estruturada onde,
para além dos testemunhos de abertura – António Mesquita, Presidente da
Associação de Dadores de Sangue da Meadela; Manuel Luís Antunes Belo,
Presidente da Assembleia Geral da ADSM; José Maria Costa, Presidente da Câmara
Municipal de Viana do Castelo; Manuel Américo de Matos Carvalhido,
ex-Presidente da Junta de Freguesia da Meadela; António Fernandes, Presidente
da Comissão de Festas de Santa Cristina da Meadela; Manuel José da Costa
Azevedo Vilar, Pároco da Meadela; Defensor Moura, Fundador da Liga dos Amigos
do Hospital de Viana do Castelo; Miguel Jorreto, Director de Imunohemoterapia
ULSAM; José de Castro Oliveira, Capelão do Hospital de Santa Luzia; Isabel
Miranda, Directora Técnica do Centro de Sangue e Transplantação do Porto IPS;
Luís Ceia, Presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo; Virgílio
Augusto Teixeira, Presidente da Direcção de Dadores Benévolos de Sangue de
Vendas Novas; Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Paredes de Coura;
Nuno Caroça, Presidente da Associação de Dadores Benévolos de Sangue da Póvoa
de Santa Iria; Lucinda Araújo, Presidente da Associação de Dadores Benévolos de
Sangue do Concelho de Caminha; David Sousa, em nome dos colaboradores da ADSM;
Catarina Cavaleiro, com o poema “Sublime missão”; Luís Ramiro, Colaborador da
ADSM; Jacinta Maria Pisco Alves Gomes, Maria Albertina Álvaro Marques e Maria
Manuela Amorim Cerqueira, em nome da ADSM; Ilídio Passos Ribeiro, Dador de
Sangue; José Borlido, Sócio Honorário da ADSM; e Carlos Santos, com o poema
“Solidariedade”, no diz ser um «tributo
aos Dadores de Sangue, e dedicado a todos os que se Dão solidariamente, sem
nada esperar em troca» –, Carla Mesquita se firma e afirma, em jeito de introdução,
que “o sangue é um órgão essencial à vida e apesar dos progressos científicos
ainda não foram encontrados produtos de substituição para este fluído. Assim, a
Dádiva de Sangue é, e sê-lo-á, ainda nos próximos anos, indispensável”. De
facto, e parafraseando a jovem autora, esta problemática constituiu-se numa
preocupação constante para a sociedade em geral. Segundo a autora, este
trabalho foi elaborado com o intuito de dar a conhecer o percurso da ADSM que,
apesar de ser jovem, tem já uma actividade vasta no campo de sensibilização
para a dádiva de sangue.
Constituem abordagens subsequentes
à introdução: Breve história da dádiva de
sangue, onde ficamos a saber que a descoberta da circulação do sangue foi
feita por W. Harvey, em 1613; Contexto
português, cuja problemática do sangue constituiu-se numa preocupação
constante em Portugal, desde o ano de 1900; Dia
Nacional do Dador de Sangue, 27 de Março, instituído através da Resolução
do Conselho de Ministros n.º 40/86, tendo como objectivo reconhecer a
importância da contribuição desinteressada dos Dadores Benévolos de Sangue para
o tratamento de doentes; O caso de Viana
do Castelo, primordial iniciativa de Defensor Moura e da Liga dos Amigos do
Hospital de Viana do Castelo; e, finalmente, História do Núcleo de Dadores de Sangue da Meadela, associação que
se tem pugnado por muito fazer em prol dos doentes, “quer por doação de sangue,
por empréstimo de equipamento, quer através de outras iniciativas de carácter
social”, ajudando ao mesmo tempo a conseguir o almejado objectivo das
autoridades nacionais da área do sangue: a auto-suficiência. Rigor científico, porque
“escorado” em citações bibliográficas.
Para aqueles que não conhecem
a jovem Carla Mesquita, de seu nome completo Carla Maria Meira Dias Mesquita, convenhamos
em dizer que é filha de Manuel Dias Ligeiro e de Maria Lúcia Midão Meira Dias, e
nasceu na secular (Phanos – Cidade do
Farol) freguesia de Fão, Esposende, a 1 de Abril de 1982, mas vive na
Meadela, onde constituiu família. Possui o Mestrado em Ciências da Informação e
da Documentação, pela Universidade Fernando Pessoa; Licenciatura em Ciências e
Tecnologias da Documentação e Informação, pela Escola Superior de Estudos
Industriais e de Gestão, do Instituto Politécnico do Porto; e Curso de carácter
geral do agrupamento 4 – Humanidades, 12º Ano do ensino secundário completo.
Neste momento desempenha funções de Técnica Superior na Biblioteca Pública
Municipal de Viana do Castelo.
Aqui ficam estas nossas
sensatas palavras à jovem escritora Carla Mesquita, tomando como referência o
princípio “wildeano” de que “o que desejamos só é agradável enquanto não o
possuímos”.
Força Carla Mesquita, nunca desistas… QUOD SCRIPSI, SCRIPSI!
1 comment:
Dentro da minha insignificância face a outras mentes mais sábias, permita-me agradecer o tempo dispendido com o meu humilde trabalho e as palavras dirigidas à minha pessoa!
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