“Trata-se,
assim, de uma publicação que constitui o repositório das diversas análises e
abordagens de problemas e assuntos de interesse transversal para a sociedade vianense
em perspectivas tão díspares como a cultural, etnográfica, popular e outras”
José Maria Costa
No final do ano de 2013
foi lançado o Tomo 47 dos «Cadernos Vianenses», publicação editada
ininterruptamente pela Câmara Municipal de Viana do Castelo desde 1978, e que
há quatro anos a esta parte tem vindo a ser coordenada, de uma forma
irrepreensível, pelo actual Chefe de Divisão de Biblioteca e Arquivo
Municipais, Rui Alberto Faria Viana. Pela positiva, convém aqui salientar as
alterações introduzidas pelo seu actual coordenador, a partir do número 44
(2010), no sentido de melhorar e tornar mais atraente esta mesma publicação, de
que se destacam a forma de apresentação dos conteúdos e das imagens, sem
alterar o aspecto físico com que nos habituamos ao longo de mais de três
décadas de publicação. Aliás, já aqui o referimos em anteriores apontamentos,
que esta extraordinária publicação deu um grande salto em termos científicos e
qualitativos – obrigando-nos a referir como uma mais-valia, o envolvimento neste
projecto editorial, do qualificado designer Rui Carvalho –, a ponto de fazerem
sentido as palavras do seu coordenador, no dia de lançamento do presente tomo: O design gráfico deste tomo, como dos três
anteriores, é da responsabilidade do Dr. Rui Carvalho, a quem agradeço a
estreita colaboração que me tem proporcionado e o profissionalismo que pôs
neste trabalho que, estou certo, muito contribuirá para o bom êxito de mais
este número dos “Cadernos Vianenses”.
Mesa: Rui A. Faria Viana (Coordenador), José Maria Costa (Presidente) e Maria José Guerreiro (Pelouro da Cultura) |
Outro nome a referir é
o do artista plástico Rui Pinto que, desde 1978, tem vindo a elaborar as capas
da referida publicação: constituindo um
conjunto artístico coerente e único que muito enriquece esta publicação, e que
no caso presente evoca muitos dos temas que tem sido objecto de abordagem e
caracterizam esta publicação de interesse local – citamos o coordenador,
Rui A. Faria Viana.
Para além da
apresentação, feita pelo presidente do município, José Maria Costa, o presente
tomo, e sem que entremos em minuciosas descrições dos artigos publicados, teremos
em dizer que o mesmo apresenta-se com três separadores temáticos (secções):
ESTUDOS VÁRIOS – “O Mosteiro de S. João de Cabanas e a Paróquia de Afife”, de
Horácio Faria; “Sistemas defensivos no litoral vianense durante o período
filipino (1580-1640), de Jorge Filipe Pereira de Araújo; “A visitação de 1618 a
Viana”, de Susana Maria Vaz de Carvalho; “Identificação de um manuscrito: as Liçoens de Artilharia do engenheiro
Manuel Pinto Vilalobos, de Miguel Soromenho; “Viana em Camilo: [«Tramoias
d’Esta Vida» (1863)]”, de David F. Rodrigues; “Uma peça inédita de Salvato
Feijó: D. Baganha e Areosa”, de
António Matos Reis; “A Cruz Vermelha de Viana e a epidemia de Castro Laboreiro
em 1914”, de Gonçalo Fagundes Meira; “Modernismo urbano revisitado. O caso de
Viana do Castelo”, de José da Cruz Lopes, Manuel Rivas Gulías e Rui Branco
Cavaleiro; “O traje à vianesa e as políticas propagandistas do Estado Novo”, de
Eliana Gigante Amorim; “A emigração no Alto Minho (1960-1965), de Ernesto
Rodrigues Português, José Rodrigues Afonso, José Rodrigues Lima e Manuel
António Domingues; FIGURAS E MEMÓRIAS – “Mendes Carneiro: humanista nas
ciências e nas letras”, de Francisco José Carneiro Fernandes; “Registo de
acidente em Viana do Castelo em 1938”, de António de Carvalho; terminando com
CONTINUADOS – onde se incluem trabalhos que têm continuação dos números
anteriores, cuja temática e estrutura são já do conhecimento de todos os
habituais leitores dos «Cadernos Vianenses»: “100 anos de correio no concelho
de Viana do Castelo (1880-1980)”, de José Miranda da Mota; “Acerca de umas
Chapas metálicas com algarismos em relevo existentes na zona baixa de Viana do
Castelo”, de Vasco Filipe Costa Antunes; “Inventário dos moinhos de água e de
vento, engenhos e lagares de azeite”, de Carlos Brochado de Almeida e Mário
Carlos Sousa Gonçalves, concluindo-se no presente número este inventário,
iniciado no tomo 41 (2008); “Arrolamento dos bens das igrejas”, de António
Maranhão Peixoto.
Capa do Tomo 47 dos «Cadernos Vianenses» |
A finalizar, surgem de
uma forma resumida algumas notas sobre os colaboradores, com o objectivo de uma
melhor identificação de todos os que assinam trabalhos inseridos neste tomo dos
«Cadernos Vianenses».
Segundo o coordenador
dos «Cadernos Vianenses», o tomo (48) do próximo ano abordará – pelo menos terá
uma secção exclusiva – os 500 do nascimento de D. Frei Bartolomeu dos Mártires,
o que irá proporcionar uma diversificada leitura de vários colaboradores
apaixonados ou interessados nesta temática, permitindo, ao mesmo tempo, uma boa
oportunidade para divulgarem os seus trabalhos.
Resta-nos felicitar a Câmara Municipal por saber (e querer) manter este
elo cultural, que continua a fazer história no panorama editorial de Viana do
Castelo e não só, dado que muitas são as solicitações de permuta com outras
publicações similares. Daí, por esta e outras razões, nota máxima para esta
publicação!
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